Há um consumo exagerado de tudo: dinheiro, imagem, roupas, perfumes,
adornos, grifes, amor, sexo, bens de consumo e substâncias lícitas e
ilícitas. O planeta em que vivemos está em crise: de um lado, consumismo
exagerado e avanços tecnológicos que nos surpreendem a cada dia; de
outro, fome, miséria e desigualdade. Um mundo onde o ter é mais
importante do que o ser. Neste mundo consumista, os adolescentes foram
escolhidos como o alvo mais fácil dessa escalada sem rumo, sendo hoje
chamados de filhos do consumismo.
O mercado, a mídia e o comércio perceberam no perfil do adolescente
um terreno fértil e sem fim para o lançamento de novos alimentos, novos
sabores, novas bebidas, moda, roupas, grifes, tudo sempre embalado pelo
novo, pelo moderno, pelos maiores recursos, pelo passageiro, pela
contestação e pela sensação de pertencer a um grupo diferente ou mesmo a
uma tribo.Muitas vezes são os jovens que escolhem os produtos que serão
usados em sua casa, desde os mais simples até os mais sofisticados.
Apesar da crise econômica mundial, é fato que nunca os adolescentes de
classe média do Brasil tiveram tanto dinheiro em suas mãos. São alvos de
bancos (cartões de crédito e novas contas), shoppings, lanchonetes,
agências de turismo, entre outros (lojas de celulares, produtos
energéticos e esportivos). É um planeta teen, de consumismo voraz e
veloz, e, estimulados pela sociedade, os adolescentes exageram na
dose.Entretanto é importante lembrar que o adolescente não nasce assim;
ele é o fruto, o resultado de uma sociedade cada vez mais consumista. O
sistema capitalista tem investido no público jovem,
priorizando-o.Sabemos que o discurso do marketing e das propagandas
convidando ao consumo exagerado se apóia no culto à estética, trazendo
impacto e influenciando o estilo de vida de nossos jovens.
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